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CIF: UMA DAS LUTAS DO PRESIDENTE DO SUEESSOR POR UMA ABORDAGEM MAIS INCLUSIVA NA SAÚDE DO TRABALHADOR

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Desde o lançamento de sua tese sobre o tema em 2017, o presidente do Sindicato Único dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Osasco e Região (SUEESSOR), Antônio Gervásio Rodrigues, tem sido um defensor ativo dos debates sobre a revisão da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Suas pesquisas e iniciativas já foram apresentadas em discussões intersindicais regionais e também no âmbito da administração pública.

Passaram-se 24 anos desde a criação da CIF e, infelizmente, os avanços em sua aplicação prática ainda são limitados. Para Antônio Gervásio, “isso se deve à falta de capacitação dos profissionais, à predominância do modelo biomédico e, principalmente, à falta de interesse do poder público em desenvolver mecanismos que otimizem sua utilização”.

CIF, estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), desempenha um papel fundamental na compreensão das condições de saúde e na avaliação da funcionalidade humana em nível global. Nos últimos anos, sua adoção tem crescido consideravelmentepelo mundo, tornando-se uma ferramenta essencial para áreas como saúde ocupacional, educação e reabilitação. Entretanto, no Brasil, desde 2015 não há atualizações significativas que facilitem aplicação da CIF.  

Gervásio também destacou que a evolução da CIF poderia transformar significativamente a abordagem da saúde e do bem-estar. “A ampliação do uso da CIF representaria uma mudança profunda na forma como encaramos a saúde do trabalhador. No modelo atual, o foco está restrito à doença ou condição médica, enquanto a CIF permite uma análise mais abrangente, considerando a pessoa como um todo, incluindo os impactos sociais e ambientais sobre sua saúde. Para isso, é fundamental acompanhar a evolução do ambiente de trabalho e suas novas demandas, o que exige a atualização e a implementação de políticas públicas”, enfatizou o presidente.

A implementação da CIF em países como Alemanha e Estados Unidos, tem possibilitado uma visão mais holística da saúde do trabalhador, levando em conta não apenas as limitações físicas, mas também os desafios sociais e ambientais que influenciam seu dia a diaNo Brasil, o SUS e o INSS já incorporaram conceitos da CIF em algumas diretrizes, entretanto, ainda há desafios em sua implementação. Como por exemplo, a falta de uniformidade nas perícias médicas e dificuldades na integração com os prontuários eletrônicos.

“Acredito que a utilização dessa ferramenta pelo movimento sindical é de extrema importância. No entanto, essa discussão parece se tornar cada vez mais distante, especialmente diante dos impactos da reforma trabalhista em novembro de 2017 na representatividade das entidades. A cada dia, surgem mais governantes que buscam nos enfraquecer, visando lucrar às custas da saúde dos trabalhadores” – destacou Gervásio.

SUEESSOR procura investir na disseminação da CIF, através de cartilha informativa, entregues a administração pública, sindicatos, empresas e trabalhadores.

Em 2021, o Sindicato inaugurou um ambulatório de especialidades médicas, contando com uma equipe multidisciplinar, incluindo clínico geral, ortopedista, psicólogos, psiquiatra e cardiologista. Esses profissionais oferecem uma abordagem mais ampla e precisa no diagnóstico, garantindo um atendimento mais completo e eficaz. “Nosso objetivo é oferecer um atendimento humanizado aos trabalhadores, promovendo um cuidado essencial, próximo, inclusivo e que pode sim, contribuir com a CIF, destacou Gervásio.

A iniciativa do presidente do SUEESSOR destaca a importância de promover debates e práticas voltadas para uma abordagem mais inclusiva e abrangente das questões que afetam o cotidiano dos trabalhadores. A CIF é apenas uma das ferramentas essenciais nesse processo

“Adotar ferramentas como a CIF, que asseguram os direitos reais dos trabalhadores, incluindo o reconhecimento das causas das doenças ocupacionais, dependerá sempre da conscientização e capacitação, tanto dos profissionais quanto dos próprios trabalhadores. Para isso, é fundamental um esforço conjunto entre as entidades sindicais, com o objetivo de fortalecer e consolidar nossos objetivos educacionais e práticos”, concluiu o presidente.

Clique e acesse a cartilha do SUEESSOR sobre a CIF